sábado, 31 de julho de 2010

CACUQUEQUEQUINHO... machuquei o dedinhooo!

Hoje em um instante de total falta de lucidez de minha parte, aceitei um convite para jogar bete (espécie de baseball tupiniquim). Quem me conhece sabe da minha inaptidão para qualquer esporte/jogo. Para que você, caro leitor, entenda de maneira fácil, é mais ou menos assim: se há a possibilidade de ganhar, eu perco; se tem que se mover, sou desajeitado.
Mas o que aconteceu foi o seguinte, em um determinado instante, veio-me a incrível idéia de pegar a bola ainda no ar (uma tentativa de ganhar o jogo) o que resultou em um "mal jeito" no meu polegar, o que por sua vez, resultou em uma incapacidade de usá-lo, o que resultou neste post (o mais dolorido da minha carreira de blogueiro!), o que resultou em...
Estou me sentindo menos evoluído! Sei que ainda tenho meu "telencéfalo altamente desenvolvido" mas o que sou eu sem meu "polegar opositor". Sou apenas metade da minha estrutura psico-motora (ohhhhhhh!!!!).
Não se trata apenas de não conseguir realizar tarefas simples, afinal, muitas pessoas com problemas (mais sérios) sempre dão um jeito e não são "menos evoluídas", trata-se aqui da simbologia da coisa... PUTZ, é meu polegar opositor/oponível!
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Uma vez em uma palestra com bombeiros aprendi que para queimar, o fogo precisa de três coisas: calor, combustível e oxigênio, e que, portanto, para apagá-lo você precisa retirar um dos três.
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Aqui é a mesma coisa. Para desmontar a civilidade/evolução do ser humano, basta tirar uma característica necessária para isso. Claro que não se trata do polegar, que serviu neste caso apenas como uma metáfora [se é que posso chamar disso (figuras de linguagem não são o meu forte)]. Se, então, é tão fácil assim deixar de ser "o evoluído", vale a pena questionar a veracidade desta evolução.

PS: Foi o polegar da mão esquerda, sou destro... Isso tudo é um pequeno drama da minha parte. Licença poética.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Seis, rato!!!

"Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

Mário Quintana

Criamos imagens de nós mesmos sempre cercadas por certezas. Eu gosto disto, mas não gosto daquilo, e isso jamais vai mudar! Somos ou não somos asssim meus amigos? Mas aí vai uma revelação: isto não é verdade!
Deixe-me dizer uma coisa basedo em minhas próprias experiências. Viver de certezas até que é possível sim, mas nem sempre vale a pena. Eu, por exemplo, nunca gostei de truco. "Aprendi" a jogar umas quatro vezes, mas nunca gostei, pelo contrário, com o tempo aprendi a gostar cada vez menos. Eu tinha certeza!
No entanto, em uma noite (hoje) jogando baralho com os amigos, surgiu a oportunidade de aprender mais uma vez. Bom, se tivesse ido pela minha certeza, teria recusado na hora (como eu queria fazer), mas não... eu segui em frente.
"Mas que belo exemplo esse hein Max!" Concordo com vocês, este pode ser o exemplo mais besta, mas ilustra bem o quero dizer.
Não vou dizer que o truco se tornou meu jogo favorito, que adorei, porque não é verdade (ainda!), mas a questão é que eu fui contra uma certeza absoluta e valeu a pena.
Vale a pena lembrar que estou falando de "pequenas" certezas, e não de princípios - apesar de que estes também podem ser mudados ("estes são os meus princípios, se não gostou, tenho outros" Groucho Marx).
Gostaria de finalizar com as sábias palavras de um amigo (um dos meus professores de truco): "Truco é uma questão de momento" bom, eu diria mais, a vida é uma questão de momento.

E por enquanto...
That's all folks!!!

terça-feira, 27 de julho de 2010

O primeiro passo para a frustração

Férias acabando e comecei a pensar sobre o que fiz, ou seja, comecei a fazer um balanço sobre minhas férias. (Antes que você desista de ler, eu NÃO vou falar sobre elas!)
Enquanto ainda estava atolado de coisas para fazer e estudar no fim do semestre, tinha muitos planos para estas férias, mas agora, com elas acabando, vejo que não fiz quase nenhum deles. Isto me traz de volta a uma velha idéia, a de que a expectativa é o primeiro passo para a frustração.

Se é para o futuro, criamos expectativas. É quase impossível escapar disto. Primeiro dia de aula, ou no trabalho, as férias que se aproximam, uma viagem, um relacionamento... enfim, sempre imaginamos coisas e fazemos planos para aquio que ainda não é, a diferença é se estas expectativas são, digamos, pequenas ou grandes, mas elas estão lá.

Eu particularmente sou contra elas, mas também não escapo. Quando algo se aproxima, penso que é melhor encarar de cara limpa, pois você não se frustrará se não espera nada daquilo. Mas se, ao contrário, você coloca o futuro (seja lá o que for) em uma caixa com laços e fitas, há uma possibilidade de que esta caixa se torne como a de Pandora e liberte males, dentre eles, a frustração. E convenhamos, não a coisa pior que frustrar-se!

O truque é que temos que aprender a apreciar as coisas simplesmente por como elas são, e nem tanto por como gostariamos que fossem.

Mesmo isso não tendo graça nenhuma.

domingo, 25 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A espectadora

Olá a todos. Para minhas geniais (gargalhadas!) postagens resolvi tentar uma coisa diferente, mas não muito original, confesso. Irei escrever a partir de imagens (fotos, desenhos, pinturas, esculturas...) famosas ou não. Reconheço que isto é uma tática para escrever quando não tiver minha própria idéia, MAS, pode ser bacana. Aí vai a primeira (com direito a epígrafe e tudo!).

A espectadora

"Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo. pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu"
Chico Buarque

Os primeiros raios de sol da manhã entrando pela janela, algo que sempre agradou a jovem Carolina. Ao contrário de todas as suas amigas, nunca gostou muito da noite, preferia a manhã com seu volume baixo, tudo começando.

Naquela manhã ao abrir suas cortinas amarelas – como de costume – sentiu uma brisa entrar por uma pequena fresta da janela que permanecera aberta desde a noite anterior – o que não era de costume. Ao respirar aquele ar gelado que entrava quarto adentro percebeu que era mais que simples vento, era um cheiro. Um aroma que subia da rua, que saía de cada criança que ia para a escola, de cada pessoa que passava para trabalhar. Carolina conhecia aquele cheiro, cujo nome foi logo revelado por sua memória olfativa.

- Vida! – disse a si mesma como uma pessoa que lembra o sabor de um doce que costumava comer na infância – Eu já tive uma.

Ali, ainda de pijama, protegida apenas por seu Hobby, sentiu uma onda de saudade tomar seu corpo subindo como um arrepio. Sentiu-se estranha, afinal aquele sentimento repentino não tinha explicação (ela ainda estava viva!), mas ao mesmo tempo, não podia deixar de concordar que era bom.

Mesmo confusa, sem entender direito tudo aquilo, Carolina sabia o que queria fazer naquele exato momento. Aproximou-se com uma cadeira da janela, sentou-se e passou a manhã toda a observar, sentindo lá de cima o cheiro que a vida acontecendo alguns metros abaixo dela exalava.


Trata-se de uma tela (que não sei o nome) do pintor americano Edward Hopper

Por hoje é só pessoal!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Esperança - a última que morre

Olá a todos, há quanto tempo não passo por aqui não é mesmo (imagina vocês então).
Bom, perdoem-me o título - mais clichê impossível - mas é sobre isso que quero escrever hoje.

Pensemos sobre a palavra "esperança". Está mais do que na cara que vem de "esperar", coisa que algumas pessoas fazem muito bem.

De certa maneira, todos esperamos por algo. Alguns esperam entrar na faculdade, outros esperam sair dela, alguns esperam as férias, uma viagem, um momento certo, uma pessoa especial, um email, uma encomenda, a segunda parte de "Um amor para sempre", enfim, ande por aí e você encontrará pessoas esperando por algo. E é desta espera que surge a esperança, ou como eu gosto de definir "o ato de esperar".

Interessante como a própria espera (ou a esperança) nos motiva a continuar esperando. E isso é bom, algumas vezes. O problema está em não sabermos esperar. Temos como ideal de espera a imagem de alguém sentado (porque em pé cansa!) sem fazer absolutamente nada, apenas sendo consumido pela ansiedade. Mas não vejo assim. Esperar envolve dois tipo de ação: a relacionada com aquilo que esperamos, que trocando em miúdos, é correr atrás para que a espera seja menor; e a não relacionada, onde vivemos nossa vida normalmente e quando o esperado chegar, simplesmente será um lucro a mais.

E pra todos aqueles que esperaram (gritos de uma multidão ensandecida) os Morangos Pelados estão de volta! E para aqueles que não repararam, de cara nova (mas as mesmas idéias velhas).

E por hoje...

That's all folks!!!