quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Por mais que a gente tente...

Assistindo a “500 dias com ela” me lembrei de “Apenas uma vez”, um outro filme, aí me lembrei de antigas idéias que não são exclusivamente minhas, mas que compartilharei com vocês.

Atenção: usarei como exemplo as “relações amorosas”, mas isso cabe para (quase) qualquer situação!

Quantas vezes encontramos o “par perfeito”, aquela pessoa que temos certeza que é A pessoa. Bom, às vezes essa pessoa também pode pensar que somos A pessoa dela. Às vezes não. Mas o que vemos é que não dá certo.

Seja um “verdadeiro amor” (se é que isso existe), seja só pegação (isso sim existe), algumas coisas não dão certo. Aí, vocês, digo, nós humanos com todo nosso intelecto, assumindo a pose de animais racionais que somos nos colocamos a tecer teorias sobre o porquê de não ter dado certo. Para os mais românticos não eram almas-gêmeas; para os mais esotéricos, não era pra ter dado certo; para os que se sentem culpados, foi sua culpa; para os egoístas (stricto sensu), foi culpa dela e para os racionais demais, foi a unha do dedão que era quadrada e não arredondada...

É claro que em muitos casos existe sim uma razão (a unha do dedão fala muito sobre o caráter de uma pessoa), mas eu estou falando aqui de casos em que simplesmente, sem mais nem menos, não dá certo, não acontece. Busquem pela memória, vocês irão encontrar seus próprios exemplos, sejam com vocês ou com amigos/conhecidos.

Algumas coisas não acontecem simplesmente porque não acontecem, e ponto. É isso mesmo, não é difícil de entender. Recentemente tive de me convencer disso. Não aconteceu por que não aconteceu. Sim, teria sido ótimo se tivesse dado certo, afinal, a vida vale a experiência, mas não aconteceu. Até podemos ser os comandantes dos nossos próprios navios, mas com certeza não somos do navio dos outros. Sim, o infernos são outros, já dissera Sartre.

Enfim, por mais que a gente tente, algumas coisas não acontecem.

domingo, 3 de outubro de 2010

Ela e a lua




Deitou-se ali mesmo, naquele chão de terra batida coberto por algumas folhas secas – as últimas a caírem. Cruzou os braços por trás da cabeça, fazendo uma espécie de travesseiro, flexionou as pernas, acomodou-se naquela posição e ficou ali, parada como um cartão postal, uma estátua olhando a lua cheia.
A brisa suave que soprava e acariciava-lhe a pele branca e macia arrancava com uma brutal delicadeza o cheiro da terra abaixo de suas costas e o levava direto para suas narinas, como quem deseja dar um recado sem palavras.
Por um minuto – aquele em que encontrava-se ali – esquecera porque tinha saído correndo deixando todos a esperando, esquecera porque em sua face ainda escorria uma lágrima, só lembrava-se da lua.
Nunca foi uma amante da noite nem da lua, gostava mais do dia, da claridade, de poder enxergar as pessoas. Gostava de pessoas. Mas naquela noite sentia-se diferente, via-se transformando em alguém diferente, em uma pessoa que para para olhar a lua. Gostava desta nova pessoa.
Não se sentia sozinha já que tinha a companhia de sua mais nova amiga, e juntas conversaram, riram e choraram sem que nenhuma palavra tivesse sido dita.
Íntimas, quase conseguia tocar o luar que iluminava tudo ao redor.
E ao fim da eternidade que se seguiu de confidências trocadas e amizade selada, levantou-se e seguiu seu caminho com a certeza de que a partir de agora a lua a olhava de volta.

* Sem gracinha, mas foi o que consegui por hoje... depois volto com algo melhor!

sábado, 4 de setembro de 2010

Aos cinéfilos

Vi esse vídeo e gostei tanto que tive que postar. Porém, admito que se você não conhecer um pouco de cinema, não vai ter tanta graça assim, BUT... Aí vai!

* Dedico este post a Maristela, uma amiga cinéfila.

sábado, 14 de agosto de 2010

A cicatriz das asas



Até o momento em que ouvia-se os toques do despertador, aquela tinha sido uma manhã comum, como todas as outras. No entanto, no exato instante em que seus pés magros e chatos sentiram a frieza do chão ao pé da cama, toda a normalidade desapareceu.
Examinava-se maravilhado no espelho. Um par de asas que saíam de suas costas, logo abaixo dos ombros e estendiam-se até a altura dos joelhos faziam agora parte de sua anatomia. Penas brancas e macias agora compunham aquele corpo jovem, mas já cansado, formando uma espécie de intermediário entre aves e humanos, um anjo, ou apenas o que realmente era – um homem com asas.
Nenhum minuto sequer foi perdido. Com certa dificuldade subiu na janela de seu quarto, deu um impulso com as pernas e no mesmo segundo estava subindo em direção às nuvens – a manhã estava perfeita para voar. E foi o que fez. Subiu o máximo que pôde, desceu em queda-livre, planou com as correntes de ar, brincou com pássaros e com outras pessoas aladas que encontrou pelo caminho, e no fim da tarde voltou para casa extasiado e dormiu a noite toda de uma só vez.
Já no outro dia, sabia bem o que queria fazer: preparou uma mochila com coisas que precisaria e saiu para conhecer o mundo. Nunca imaginou que pudessem existir tantos lugares incríveis como os que viu em sua jornada, na verdade, não acreditaria nem em fotos se não tivesse visto com os próprios olhos. Meses e memórias depois, voltou para casa e descansou.
Os dias foram passando, mas não sem serem aproveitados. De volta a sua cidade, tudo que fazia era com a ajuda de suas asas, para todo lugar que ia, era voando. A melhor época de sua vida.
Em outra manhã comum, ao acordar, viu que suas asas não estavam mais onde deveriam. Seu corpo voltara a ser o de um humano ordinário – jovem, mas cansado. Sobre a cama, um único vestígio do passado: uma única pena branca repousava perdida entre os lençóis amarrotados.
Sem saber o que fazer, colocou o pé esquerdo sobre o chão – o frio era insuportável – e, em prantos, olhou-se no espelho procurando por algo, nem que fosse uma cicatriz, mas nada encontrou. Em seu corpo não havia uma marca sequer daquilo que nos meses anteriores tinha ocorrido.
Desesperado, andou de um lado para o outro, esmurrando as paredes e amaldiçoando a vida, até que deixou-se cair no chão gelado em um canto da casa. Ali soube o que fazer: reuniu todas as forças que jamais imaginou que tivesse, engoliu uma garrafa de vodka junto com a dor e arrancou suas duas pernas. Jamais andar novamente seria a cicatriz daquele que um dia soube voar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Atrás do tempo

É (relativamente) comum ouvirmos pessoas, quando falando de outras, se referirem a estas como sendo “a frente de seu tempo”. Pintores, escritores, músicos, políticos, intelectuais, cineastas e bloggers (por que não?) podem ter idéias, teorias, gostos e atos não apropriados para os padrões das sociedades em que vivem, e neste caso, recebem este título que, na minha opinião, é um grande elogio.

ENTRETANTO, algumas pessoas – dentre as quais eu me incluo – parecem ser exatamente o oposto, isto é, atrás de seu próprio tempo. Para ser mais exato, neste momento enquanto escrevo para vocês, estou ouvindo Bee Gees (pois é!), apenas uma das, digamos, antguidades que gosto. Vocês não fazem idéia de como ouço músicas antigas, popularmente conhecidas como “músicas de velho”. Grandes clássicos, músicas não tão conhecidas, anos 50, 60, 70, 80... Se me agrada, eu ouço.

Algumas vezes chego a pensar se nasci na época certa, se realmente tenho a idade que tenho, ou se sou mais velho. Ainda não sei a resposta. Mas o fato é que sou uma pessoa atrás do meu tempo!

O mais complicado é que para uma pessoa atrás do tempo, eu sou a frente do meu tempo. Calma, eu explico. Considerando-me vivendo em outra época – mais antiga – eu sou uma pessoa a frente do tempo. Isto é, para meus contemporâneos (século XVIII, XIX ou início do XX) tenho idéias muito avançadas, no entanto, para as mentes do XXI, estas idéias são absolutamente normais (sem noção, mas normais), totalmente “dentro do tempo”.

Entenderam meu dilema? Meu paradoxo? Por isso não me localizo na linha do tempo, já que para um jovem do século XIX sou revolucionário, e para um do século XXI sou um museu.

Oh vida!

sábado, 31 de julho de 2010

CACUQUEQUEQUINHO... machuquei o dedinhooo!

Hoje em um instante de total falta de lucidez de minha parte, aceitei um convite para jogar bete (espécie de baseball tupiniquim). Quem me conhece sabe da minha inaptidão para qualquer esporte/jogo. Para que você, caro leitor, entenda de maneira fácil, é mais ou menos assim: se há a possibilidade de ganhar, eu perco; se tem que se mover, sou desajeitado.
Mas o que aconteceu foi o seguinte, em um determinado instante, veio-me a incrível idéia de pegar a bola ainda no ar (uma tentativa de ganhar o jogo) o que resultou em um "mal jeito" no meu polegar, o que por sua vez, resultou em uma incapacidade de usá-lo, o que resultou neste post (o mais dolorido da minha carreira de blogueiro!), o que resultou em...
Estou me sentindo menos evoluído! Sei que ainda tenho meu "telencéfalo altamente desenvolvido" mas o que sou eu sem meu "polegar opositor". Sou apenas metade da minha estrutura psico-motora (ohhhhhhh!!!!).
Não se trata apenas de não conseguir realizar tarefas simples, afinal, muitas pessoas com problemas (mais sérios) sempre dão um jeito e não são "menos evoluídas", trata-se aqui da simbologia da coisa... PUTZ, é meu polegar opositor/oponível!
***

Uma vez em uma palestra com bombeiros aprendi que para queimar, o fogo precisa de três coisas: calor, combustível e oxigênio, e que, portanto, para apagá-lo você precisa retirar um dos três.
***

Aqui é a mesma coisa. Para desmontar a civilidade/evolução do ser humano, basta tirar uma característica necessária para isso. Claro que não se trata do polegar, que serviu neste caso apenas como uma metáfora [se é que posso chamar disso (figuras de linguagem não são o meu forte)]. Se, então, é tão fácil assim deixar de ser "o evoluído", vale a pena questionar a veracidade desta evolução.

PS: Foi o polegar da mão esquerda, sou destro... Isso tudo é um pequeno drama da minha parte. Licença poética.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Seis, rato!!!

"Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

Mário Quintana

Criamos imagens de nós mesmos sempre cercadas por certezas. Eu gosto disto, mas não gosto daquilo, e isso jamais vai mudar! Somos ou não somos asssim meus amigos? Mas aí vai uma revelação: isto não é verdade!
Deixe-me dizer uma coisa basedo em minhas próprias experiências. Viver de certezas até que é possível sim, mas nem sempre vale a pena. Eu, por exemplo, nunca gostei de truco. "Aprendi" a jogar umas quatro vezes, mas nunca gostei, pelo contrário, com o tempo aprendi a gostar cada vez menos. Eu tinha certeza!
No entanto, em uma noite (hoje) jogando baralho com os amigos, surgiu a oportunidade de aprender mais uma vez. Bom, se tivesse ido pela minha certeza, teria recusado na hora (como eu queria fazer), mas não... eu segui em frente.
"Mas que belo exemplo esse hein Max!" Concordo com vocês, este pode ser o exemplo mais besta, mas ilustra bem o quero dizer.
Não vou dizer que o truco se tornou meu jogo favorito, que adorei, porque não é verdade (ainda!), mas a questão é que eu fui contra uma certeza absoluta e valeu a pena.
Vale a pena lembrar que estou falando de "pequenas" certezas, e não de princípios - apesar de que estes também podem ser mudados ("estes são os meus princípios, se não gostou, tenho outros" Groucho Marx).
Gostaria de finalizar com as sábias palavras de um amigo (um dos meus professores de truco): "Truco é uma questão de momento" bom, eu diria mais, a vida é uma questão de momento.

E por enquanto...
That's all folks!!!

terça-feira, 27 de julho de 2010

O primeiro passo para a frustração

Férias acabando e comecei a pensar sobre o que fiz, ou seja, comecei a fazer um balanço sobre minhas férias. (Antes que você desista de ler, eu NÃO vou falar sobre elas!)
Enquanto ainda estava atolado de coisas para fazer e estudar no fim do semestre, tinha muitos planos para estas férias, mas agora, com elas acabando, vejo que não fiz quase nenhum deles. Isto me traz de volta a uma velha idéia, a de que a expectativa é o primeiro passo para a frustração.

Se é para o futuro, criamos expectativas. É quase impossível escapar disto. Primeiro dia de aula, ou no trabalho, as férias que se aproximam, uma viagem, um relacionamento... enfim, sempre imaginamos coisas e fazemos planos para aquio que ainda não é, a diferença é se estas expectativas são, digamos, pequenas ou grandes, mas elas estão lá.

Eu particularmente sou contra elas, mas também não escapo. Quando algo se aproxima, penso que é melhor encarar de cara limpa, pois você não se frustrará se não espera nada daquilo. Mas se, ao contrário, você coloca o futuro (seja lá o que for) em uma caixa com laços e fitas, há uma possibilidade de que esta caixa se torne como a de Pandora e liberte males, dentre eles, a frustração. E convenhamos, não a coisa pior que frustrar-se!

O truque é que temos que aprender a apreciar as coisas simplesmente por como elas são, e nem tanto por como gostariamos que fossem.

Mesmo isso não tendo graça nenhuma.

domingo, 25 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A espectadora

Olá a todos. Para minhas geniais (gargalhadas!) postagens resolvi tentar uma coisa diferente, mas não muito original, confesso. Irei escrever a partir de imagens (fotos, desenhos, pinturas, esculturas...) famosas ou não. Reconheço que isto é uma tática para escrever quando não tiver minha própria idéia, MAS, pode ser bacana. Aí vai a primeira (com direito a epígrafe e tudo!).

A espectadora

"Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo. pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu"
Chico Buarque

Os primeiros raios de sol da manhã entrando pela janela, algo que sempre agradou a jovem Carolina. Ao contrário de todas as suas amigas, nunca gostou muito da noite, preferia a manhã com seu volume baixo, tudo começando.

Naquela manhã ao abrir suas cortinas amarelas – como de costume – sentiu uma brisa entrar por uma pequena fresta da janela que permanecera aberta desde a noite anterior – o que não era de costume. Ao respirar aquele ar gelado que entrava quarto adentro percebeu que era mais que simples vento, era um cheiro. Um aroma que subia da rua, que saía de cada criança que ia para a escola, de cada pessoa que passava para trabalhar. Carolina conhecia aquele cheiro, cujo nome foi logo revelado por sua memória olfativa.

- Vida! – disse a si mesma como uma pessoa que lembra o sabor de um doce que costumava comer na infância – Eu já tive uma.

Ali, ainda de pijama, protegida apenas por seu Hobby, sentiu uma onda de saudade tomar seu corpo subindo como um arrepio. Sentiu-se estranha, afinal aquele sentimento repentino não tinha explicação (ela ainda estava viva!), mas ao mesmo tempo, não podia deixar de concordar que era bom.

Mesmo confusa, sem entender direito tudo aquilo, Carolina sabia o que queria fazer naquele exato momento. Aproximou-se com uma cadeira da janela, sentou-se e passou a manhã toda a observar, sentindo lá de cima o cheiro que a vida acontecendo alguns metros abaixo dela exalava.


Trata-se de uma tela (que não sei o nome) do pintor americano Edward Hopper

Por hoje é só pessoal!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Esperança - a última que morre

Olá a todos, há quanto tempo não passo por aqui não é mesmo (imagina vocês então).
Bom, perdoem-me o título - mais clichê impossível - mas é sobre isso que quero escrever hoje.

Pensemos sobre a palavra "esperança". Está mais do que na cara que vem de "esperar", coisa que algumas pessoas fazem muito bem.

De certa maneira, todos esperamos por algo. Alguns esperam entrar na faculdade, outros esperam sair dela, alguns esperam as férias, uma viagem, um momento certo, uma pessoa especial, um email, uma encomenda, a segunda parte de "Um amor para sempre", enfim, ande por aí e você encontrará pessoas esperando por algo. E é desta espera que surge a esperança, ou como eu gosto de definir "o ato de esperar".

Interessante como a própria espera (ou a esperança) nos motiva a continuar esperando. E isso é bom, algumas vezes. O problema está em não sabermos esperar. Temos como ideal de espera a imagem de alguém sentado (porque em pé cansa!) sem fazer absolutamente nada, apenas sendo consumido pela ansiedade. Mas não vejo assim. Esperar envolve dois tipo de ação: a relacionada com aquilo que esperamos, que trocando em miúdos, é correr atrás para que a espera seja menor; e a não relacionada, onde vivemos nossa vida normalmente e quando o esperado chegar, simplesmente será um lucro a mais.

E pra todos aqueles que esperaram (gritos de uma multidão ensandecida) os Morangos Pelados estão de volta! E para aqueles que não repararam, de cara nova (mas as mesmas idéias velhas).

E por hoje...

That's all folks!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Um amor para sempre - Parte 1

*Perdoem o excesso de romantismo, mas algumas coisas precisam ser ditas (ou escritas).

- Você vai me amar pra sempre? – perguntou-lhe a jovem que até o início daquela noite era sua namorada, mas que agora tinha uma aliança de ouro na mão esquerda.

Não era a primeira vez que ela perguntava aquilo, na verdade, ele tinha certeza de que ela já sabia a resposta que receberia, só não entendia porque aquela pergunta ali naquele momento.

- Eu sei o que vai dizer – continuou ela – nada dura pra sempre, o amo...

- Vou sim – interrompeu o recém-casado rapaz, colocando uma pitada de espanto naquele rosto de traços perfeitamente alinhados e em si mesmo. Nunca imaginara aquelas palavras saindo de sua boca, a eternidade nunca esteve em sua paleta de idéias. Quantos outros romances haviam terminado ou esfriado depois da primeira vez que disse “nada dura para sempre”, já levara nome de insensível, sem coração e, seu favorito, anti-romântico.

Em poucos segundos o espanto deu lugar a um sorriso que se iniciou tímido, mas que explodira em um abraço cheio de pequenos beijos. Ela já sabia seu discurso de cor, e depois de algum tempo até começou a concordar, mas era romântica, uma mulher que havia sonhado a vida inteira com o dia de seu casamento com seu príncipe encantado.

- O que você disse? – fingiu não entender, querendo mais uma vez ouvir a resposta.

- Isso mesmo que você ouviu – respondeu – não mudei de idéia, ainda acredito que nada dura para sempre, mas acho que vou passar um bom tempo tentando fazer com que o que sinto por você dure.

Ali estava seu príncipe. Se algum dia teve dúvidas, agora elas tinham ido embora como nuvens de chuva quando o sol surge. Não podia imaginar melhor declaração de amor. Conhecia seu marido, sabia o quanto aquilo era importante.

No começo, a relação tinha sido difícil. Aquele homem era insensível. Chegou a pensar em terminar tudo quando uma noite disse que o amava e ele nada respondeu. “Não vai falar nada? E você? Também me ama?” e ele simplesmente disse “ainda não”. Mas não terminou, e agora, estava ali valendo a pena, por que sabia que tudo era sincero naquele amor.

“Para sempre!”. Aquelas duas palavras pronunciadas em milésimos de segundos significavam que enquanto vivessem estariam juntos, compartilhando suas vidas individuais.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Perdido

Olho para trás e vejo o quanto andei. Encho o peito, orgulhoso daquilo que acho que sou, aquele que penso ser eu. Tantas lembranças desta estrada estão gravadas na memória, as curvas, as tempestades, os momentos que troquei de direção, tudo registrado na mente e nos pés calejados.

Olho em volta e vejo o mesmo que vi no início da jornada, e que repetidamente vi ao longo dela. Tudo igual, como se o suor que escorre pela minha testa, a dor que sobe por minhas pernas, e o ar que invade brutalmente meus pulmões fossem apenas fruto de uma cansativa imaginação. Nada real.

Então o desespero me proíbe de continuar. O coração dispara, milhões de pensamentos vem e vão como relâmpagos. O que aconteceu comigo? Tudo deveria estar tão diferente, afinal, já se passaram milhares de quilômetros, dezenas de folhas do calendário. Mas não, tudo igual. Se andei, só pode ter sido em círculos.

Qual parte da minha realidade é, de fato, real e qual parte foi inventada pelas circunstâncias? O que sou eu, um alguém de verdade ou apenas mais um devaneio meu?

Sem saber o que fazer, continuo andando até que, mais uma vez, perceba que esta estrada não leva a lugar algum. Neste dia sentarei sobre as pedras, chorarei, e depois, continuarei a andar.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quem tem medo da música clássica

O título deste post não é meu. Era o nome de um antigo programa apresentado na TV Senado pelo senador Arthur da Távola, onde eram apresentados vídeos de músicas clássicas. De Bach a Villalobos, da Filarmônica de Berlim a quartetos de cordas, ali via-se a mais pura e bela música por muitas chamada de erudita.
O título é excelente (tanto é que plagiei-o-o).
A música clássica, sofre um certo preconceito, onde acabam sendo criados rótulos de elitista, intelectual, e blá blá blá. Não é nada disso!
Acho que precisamos aprender a apreciar a beleza destas obras. Para isso aí vai um vídeo.

Neste vídeo temos Janine Jansen, uma violinista holandesa tocando "Melodia" do compositor alemão (esses alemães!) Glück, da ópera Orfeo e Eurídice. Divirtam-se crianças!

sábado, 10 de abril de 2010

Mais um pouco de explicações

O título da postagem anterior "Eu quero simplesmente te dar um presente" é um péssimo e óbvio trocadilho, isso todos entenderam, mas é também o primeiro verso de uma música chamada presente de um cantor/compositor/professor universitário (da USP) não muito conhecido chamado José Miguel Wisnik.

Essa música foi gravado por Zélia Duncan no seu DVD "Eu me transformo em outras" em um pequeno medley com a música o habitat da felicidade. Aí vai o vídeo.

Eu quero simplesmente te dar um presente

"Quando o dia não passar de um retrato,
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz"

(Leoni)

Quantas vezes nos pegamos dizendo "eu era feliz e não sabia!" ou então "bons tempos!" nos referindo ao passado? Eu mesmo utilizo destas frases com muita frequência. Quantas vezes ouvimos músicas que nos fazem lembrar do passado, seja ele próximo ou distante?

Você pode não se considerar a pessoa mais feliz do mundo neste exato momento, pode não enxergar nada especial em sua vida (talvez porque realmente não tenha), ou pode até achar que tudo está péssimo, mas provavelmente daqui a algum tempo (pode até ser menos que você imagina) se pegará lembrando do que passou.

Talvez isso aconteça porque não nos lembramos da real situação do passado, e o idealizamos, assim como fazemos com o futuro, ou então porque percebemos que realmente foi muito bom e não percebemos. Não importa! O fato é que o presente sempre (ou na maioria das vezes) é mal visto. Sempre lembramos do passado com saudade e olhamos para o futuro com esperança, mas do presente... O que vemos no presente?

Não quero aqui dizer as máximas que todos estão cansados de ouvir como "viva o presente, cada dia como se fosse o último" porque, convenhamos, isso é praticamente impossível. Só quero pedir a vocês que tratem melhor o presente, por que é tudo o que temos.

Minha mensagem é mais pessimista que a famosa frase (tatuagem comum) Carpe diem. Se aproxima mais de Memento Mori - Lembra-te da morte! Nunca se está no fundo do poço, sempre pode piorar.

Um feliz presente pra vocês!

Até a próxima.

sábado, 3 de abril de 2010

Imagine - Glee

Pessoal... tenho este vídeo do elenco de Glee cantando Imagine com jovens surdos com qualidade um pouco melhor, recebi por email, se alguém quiser... Isto fica feliz em ser útil!

Max

Partir pro plano B e fazê-lo dar certo!

Olá a todos...
Feriado, coisa boa, mas o que fazer em uma cidade sem muitas opções?? Bom resolvi assistir um filme. O Escolhido foi Mr Holland - adorável professor (Mr Holland opus), de 1995. Duas coisas me atraíram neste filme: o fato de falar de professor e de música! Uma olhada na capa e no título e este já estava na minha sacola de volta pra casa.
Bom, o filme é excelente (assistam)! É uma história rica, várias histórias dentro de uma maior (a de MR Holland), mas o que quero falar é outra coisa...
A vida é feita de escolhas, todos sabemos disso, mas a maioria não compreende de fato o que isto significa. Significa que você é o único responsável por sua vida dar certo ou não (isto dá assunto para inúmeros outros posts). Mas o que isto tem a ver com o filme?
Mr Holland, como todos os seres humanos, teve que fazer escolhas na vida, estas podem ser aparentemente pequenas, mas são extremamente significativas. Resumidamente: Formar uma família requer dinheiro, então o Sr Glen Holland é "obrigado" a dar aula de música em uma escola, quando na verdade o que queria era compor suas músicas. Esta aí sua escolha! (uma das).
A mensagem que o filme trouxe, para mim, foi a seguinte: Esta pode não ter sido a melhor escolha, se ele tivesse seguido a carreira de compositor, ou de músico de estúdio, ou qualquer outra coisa, sua vida teria sido seu sonho, mas não, foi diferente. Foi melhor! Aquele que não gostava de lecionar, passou 30 anos na escola, e isto se tornou sua vida. Como foi dito no próprio filme, cada aluno que teve sua vida mudada por esse professor, cada aluno seu, foi uma nota de sua sinfonia, e no fim das contas ele compôs o tema da sua própria vida. E que belo tema!
Então, meus queridos, perdoem-me o tom de auto-ajuda, mas é isso que tenho pra falar hoje: Escolham sabiamente, e façam com que cada escolha se torne a melhor. Assumam a batuta de suas vidas e toquem, componham suas sinfonias! Porque eu estou compondo a minha.

PS: Como eu disse a história do filme é riquíssima (vale a pena assistir), o filho de Mr Holland nasceu surdo, e um dos momentos mais emocionantes do filme é o pai cantando e regendo especialmente para o filho. Não é esta cena que vou deixar aqui, mas uma da série (logo, americana) Glee (don't stop believing...). E uma frase de Arthur da Távola, falecido senador brasileiro amante de música clássica: "Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão."

Até a próxima!

domingo, 28 de março de 2010

Philipinas got talent

Olá a todos... como vão vocês?

Essa semana, em um de meus inúmeros períodos de ócio encontrei na internet, mais precisamente no blog chongas, um vídeo do programa Philippines (Philipinas) got talent, espécie de "ídolos" ou "qual é o seu talento" mundialmente famoso, foi neste programa, na versão britânica (britain's got talent)que foi revelada a Susan Boyle.
Aí vai o vídeo.



Se o barulho do cavalo foi feito ou não por BM eu não sei, mas só as caras que ele (a) faz valem a pena!

That's all folks!!!

Até a próxima

quarta-feira, 24 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

O Ex-humano - Explicações

Olá a todos... Como vão vocês? Há quanto tempo né...
Bom, logo abaixo vocês encontrarão uma carta destinada a toda a raça humana de um ex-humano. (quem?)

Assim como "Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso" este ser um dia acordou e não era mais humano. O que ele é hoje é um mistério, por isso que ele, e seus iguais (sim, existem outros) se denominam ex-humanos.

That's all folks! Ou pra quem preferir, Isso é tudo p-p-pessoal!!!

Aquele abraço!

Post Script - Se você não entendeu a citação, trata-se do início de "A metamorfose" de Franz Kafka (vem kafka comigo... putz... tracadalho), que fica como dica de leitura.

Caros seres humanos

Em primeiro lugar, gostaria de dizer como vocês são fascinantes e intrigantes. Em meu tempo como um de vocês não pude perceber, mas agora seus atos, pensamentos, costumes... tudo me fascina, e desperta imensa curiosidade.

Vocês se consideram os seres mais evoluídos deste pequeno e (ainda) azul planeta, e sou obrigado a concordar com vocês, afinal, somente mentes muito evoluídas escolheriam os caminhos mais difíceis.

O que mais me fascina é como vocês pegam uma coisa simples e fácil como viver e transformam isso em processos complexos e de difícil entendimento. Viver é tão simples para minha espécie, nós comemos quando temos fome, bebemos quando temos sede, usamos as roupas que queremos e para isso, trabalhamos no que gostamos. Vocês não. Vocês se matam em empregos que não lhes agradam só para ganhar muito dinheiro, e depois não comem, nem bebem e muito menos vestem o que querem, como querem e na hora que querem.

Eu e meus iguais nos damos muito bem, não precisamos fingir nada para cumprir convenções sociais (estas não existem em nossas sociedades primitivas). Se achamos que algo merece um elogio, elogiamos (mesmo que seja a nós mesmos), se não gostamos, falamos logo de cara. Penso que deve haver alguma diferença entre nossos processos fisiológicos, pois para nós não existe diferença entre pensar e falar (se bem me lembro, vocês chamam isso de sinceridade).

No amor então nem se compara. Tudo é muito mais simples para nós. Se amamos ficamos juntos, se não dá certo terminamos e começamos outro relacionamento. Não existem jogos, meias palavras, sofrimento, exageros, traições (não utilizamos este termo). Acho que mais uma diferença anatômica é que nós, ao contrário de vocês, somos completos enquanto indivíduos, não precisamos de "outras metades" para nos completar. Nosso amor é compartilhar.

Até mesmo nossa relação com nós mesmos, com nossas próprias mentes é mais fácil. Nós nos ouvimos, respeitamos nossa própria voz, nossos ideais e opiniões. Sabemos o que queremos logo de cara, acho que porque nos entendemos.

Admiro vocês humanos por isso, são capazes de viver de forma complicada, quando é possível que a vida seja fácil. Bom, mas não vou mais chateá-los por que sei que não gostam muito de pensar sobre vocês mesmos.

Até a próxima,


Atenciosamente...

O Ex-humano.

domingo, 7 de março de 2010

Olá a todos...
Vou postar hoje um vídeo. Trata-se da propaganda de um site, que fica como dica para vocês, o site amocinema.com. Achei a propaganda bem bolada, e por isso aí vai ela.



Se você não entendeu a sutileza, clique aqui.

E por hoje é só pessoal.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

E por falar em Renoir...

Não entendo muito disto, mas já que mencionei Renoir, aí vai meu favorito... Le moulin de la galette, de 1876.

Visão piadística - um pouco de filosofia barata

"No fim tudo dá certo, se não deu certo, é porque ainda não chegou o fim!"
Que a Scarlett Johansson não seja minha esposa se você nunca ouviu essa célebre frase antes. É só uma pessoa se encontrar na pior, no fundo do poço e/ou na fossa que um bem intencionado amigo, na maior vontade de consolá-la, se aproxima e cheio de sabedoria diz estas palavras. Bom, minha intenção não é criticar as intenções (e ações) do consolador e consolado - pelo menos não hoje. O que quero é falar (escrever) sobre esta frase.

As pessoas realmente se consolam com isto, e isto se deve, na minha humilde opinião, a nossa visão piadística das coisas e da vida. Mais uma vez coloco o amor de Scarlett por mim se ninguém nunca ouviu uma piada. Para refrescar a memória, aí vai uma:
"Um velho senta-se num banco no ônibus, bem em frente a um Punk de cabelos compridos, com mechas verdes, azuis, rosa e vermelhas.
O velho fica olhando para o Punk e o Punk olhando para o velho.
O Punk vai ficando invocado, até que então pergunta ao velho:
- O quê foi vovô? Nunca fez nada diferente quando era jovem
O velho responde
- Sim, eu fiz. Quando era jovem, fiz sexo com uma Arara, e estou aqui pensando: "Será que este FDP é meu filho?"

Analisemos a piada - todas elas. A graça da piada se revela na última frase, no último instante, no fim. Se parássemos a piada no 3/4 ela não faria sentido algum, além de todos te acharem extremamente sem graça.

Aí está a visão piadística da vida: as coisas só são realmente boas se tem um bom fim. Um filme ou um livro só é bom de verdade se o fim for melhor que toda a trama, acho que é por isso que gostamos tanto de novelas - os filmes gigantes que o público escreve.
Aquele que discorda que atire a primeira barra de chocolate branco (ou apenas deixe um comentário!)
Essa semana, por exemplo, assisti com meu pai o filme "A última fortaleza", um filme excelente (assistam!), porém, no fim, meu pai decepcionou-se: "uhm, o final poderia ser melhor!". Bom, o final pode não ter sido o esperado, mas não diminuiu, de maneira alguma, a beleza do filme como um todo - Aí está a beleza. Imaginem se a branca de neve tivesse agradecido o beijo do príncipe encantado, e eles não tivessem sido felizes para sempre, tivessem sido apenas bons amigos...

Por fim, gostaria de dizer: Morte a visão piadística! Saibamos apreciar a vida como um quadro, de Renoir, de preferência (minha): sem começo nem final, apenas uma bela imagem estática. Se o texto é bem escrito, se o filme é bem filmado, com uma boa atriz (não citarei nenhuma, hehe) então que o fim seja apenas o desfecho.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Você deveria ouvir...

Olá a todos... Bom o "você deveria ouvir" desta vez está mais para um "você deveria ver", e é por isso que postei o video também.
Já faz um bom tempo que quero postar essa música - desde quando a vi - mas queria escrever um texto e utilizá-lo (o vídeo) como ilustração. Bom, o texto ainda não consegui escrever, um dia sai, mas enquanto isso apreciem esta apresentação.
A música chama-se Glitter in the air, da cantora americana Pink (P!nk), mais conhecida por um outro tipo de música. Essa apresentação foi feita na cerimônia do Grammy deste ano, e foi aplaudida de pé.
Aí vai a tradução da música...

Glitter no Ar

Alguma vez você já alimentou um amor com apenas suas mãos?
Já fechou os olhos e confiou, apenas confiou ?
Alguma vez você já atirou um punhado de brilho no ar?
Alguma vez você já olhou o medo nos olhos e disse: eu não me importo?

É só a metade depois do ponto sem retorno
A ponta do iceberg, o sol antes de queimar
O trovão antes do raio, o fôlego antes da frase
Você já se sentiu assim alguma vez ?

Alguma vez você já se odiou por ficar olhando o telefone?
Sua vida inteira esperando pelo toque para provar que você não está só
Alguma vez você já recebeu um toque tão suave que te fez chorar?
Alguma vez você já convidou um estranho para entrar?

É só a metade depois do ponto de esquecimento
A ampulheta sobre a mesa, a caminhada antes da corrida
O suspiro antes do beijo, o medo antes das chamas
Você já se sentiu assim alguma vez?

Lalalalala

Aí está você sentado no jardim
Bebendo o meu café, e me chamando de docinho
Você me chamou de docinho

Alguma vez você já desejou uma noite interminável?
Laçou a lua e as estrelas e puxou a corda firmemente?
Alguma vez você já prendeu a respiração e se perguntou:
Será que vai ficar melhor do que hoje a noite??
Hoje a noite...

E aí vai o vídeo...



That's all folks!!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



By Max Mota

Gotas de chuva

E se beijaram. Deixaram de lado tudo aquilo que fazia sentido, todas as recomendações racionais, as promessas já antes quebradas, e aceitaram o que aquelas gotas de chuva sussurravam em seus ouvidos. Apenas se beijaram.
Enquanto a chuva caía e a cidade cinza tornava-se pouco a pouco preta de guarda-chuvas, todos corriam em busca de abrigo. Todos menos os dois. Para eles, o mundo desacelerava, e cada gota de chuva demorava uma eternidade para alcançar o chão e fazer sua parte nas poças que se formavam.
E naqueles instantes infinitos, enquanto sentiam o gosto um do outro sob a chuva gelada, seus corações se comunicavam, e batiam em um só ritmo. A cada batida dobrada, a cada deslize de mãos, surgia um calor que irradiava-se do centro do corpo até a ponta dos dedos. E derreteram. Liquefizeram-se. Misturaram-se à chuva como duas gotas apaixonadas em queda-livre, sentindo toda a emoção de uma vida.
Brincavam no ar se entrelaçando, ora eram uma só gota, ora voltavam a se dividir em duas. O que mais existe para uma gota que a queda? Eram só eles, eternos por alguns instantes. Duas gotas radiantes em meio a milhões de outras sem brilho, todas com o mesmo destino.
Quando mais próximos do chão, quando mais acalorado o beijo, se solidificaram, e voltaram a ser dois corpos, cheios de dúvidas, certezas e a esperança de, um dia, voltarem a ser duas gotas de chuva.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Extra extra 14 pessoas enganadas

Olá a todos, especialmente VOCÊ que está acessando este blog por engano (se chegar a ler este post).

Olhando as estatísticas de acessos dos MP, é impossível não rir. Tantas pessoas enganadas (pobres coitados) acessam esta página esperando encontrar algo totalmente diferente... Para estes, aí vai o meu pedido de desculpas: "Desculpas!"

Este nome, Morangos Pelados, surgiu de conversas e planos para o futuro, coisas que não se pode explicar, o que vocês podem saber é que ao surgir a necessidade de um nome para uma banda (que iremos montar), o meu amigo - e blogueiro/twitteiro - Julius o sugeriu. Já nesta época, eu tinha um blog, ao qual não dava muita atenção, o La critique, mas tinha planos de fazer um novo, até então sem nome. Bom, o resto já dá pra imaginar.

Graças a este belo nome recebo diariamente alguns visitantes que, na ânsia de satisfazerem seus desejos carnais (mesmo que virtualmente e sozinhos), adentram este espaço. O mais, digamos, engraçado deles foi um que procurava por "Thundercats pelados" (hehe), bom, não sei se queria o Lion ou a Shitara, mas deve ter sido uma decepção, broxante (literalmente!)

Mas, para aqueles que entram no desejo de ler minhas opiniões, devaneios, bobeiras e planos (bola de feno passando/ grilos cantando), nós (plural de modéstia) agradecemos sua visita, e nos (me) despedimos com um...

... That's all folks!!!

PS.: Tive um acesso de Los Angeles, Scarlett Johansonn, sei foi você saiba que você tem potencial pra ser a mãe dos meus filhos!!!
I had a visitor from LA, so, if that were you, Scarlett Johansonn, I want you to know that you've got potential to be my children's mom!!!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O salto



Respirou fundo ao ver onde estava. A pele morena suada, a respiração ofegante por causa do esforço da longa e íngreme caminhada, somado a um misto de sentimentos que o confundiam naquele momento decisivo – um arco-íris de um milhão de cores cada vez que o ar deixava seu corpo.
Sabia que mesmo no fim de tudo, seria julgado pelo que estava fazendo. Muitos seriam aqueles que apontariam o dedo para chamá-lo de covarde, mas também haveria aqueles que aplaudiriam sua coragem, o que é normal (quantas vezes ele mesmo foi o juiz), mas desta vez – a primeira vez – não se importaria com julgamentos, estava a dezenas de metros do chão, das pessoas que o tentariam o impedir, e iria até o fim. O importante era valer a pena.
Em uma vida inteira de sucessivos erros, cheia de más escolhas, aquela era sua primeira decisão correta, a única solução, o melhor remédio.
Agora que já estava à beira do abismo só restava fazer o planejado, ir em frente, não podia pensar muito, ou então mais uma vez seria atrapalhado pela sua cabeça. Um último suspiro, os olhos fechados e o tempo não corria mais.
Das mãos escorria em forma de gotas o pouco de alma que ainda restava, a boca seca como o mais árido deserto jamais será era incapaz de pronunciar uma única palavra – exceto as necessárias, pois para isso havia se preparado. Naquele momento pensou no que era melhor: tomar distância, correr e saltar, ou apenas deixar o corpo cair, como folhas de uma árvore no outono?
O coração acelerado estava quase para rasgar a pele em busca de mais espaço para bater. Era a hora. De uma coisa sabia, aquela história de que sua vida passa como um filme na sua cabeça era mentira.
Enquanto caía, nada sentia. Agora seu corpo não passava de um bloco de gelo com um mínimo de consciência. Mesmo de olhos fechados, era possível ver a cidade, as luzes, o chão se aproximando, até definitivamente se encontrarem no fim.
A porta abriu, ela estava ali de pé e sorrindo. Tinha valido a pena.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Toquem em meu enterro

* Redirecionado de Você deveria ouvir

Olá a todos... Não vou falar muito. Apenas quero que vocês ouçam esta música, o Prelúdio da suite para violoncelo nº 1 de Bach, tocado por Yo-yo Ma. A título de introdução, gostaria de pôr aqui um poema... Aí vai

Trecho

Quem foi, perguntou o Celo
Que me desobedeceu?
Quem foi que entrou no meu reino
E em meu ouro remexeu?
Quem foi que pulou meu muro
E minhas rosas colheu?
Quem foi, perguntou o Celo
E a flauta falou: Fui eu.

Mas quem foi, disse a Flauta
Que no meu quarto surgiu?
Quem foi que me deu um beijo
E em minha cama dormiu?
Quem foi que me fez perdida
E me desiludiu?
Quem foi, perguntou a Flauta
E o velho Celo sorriu.

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Entre sonhos e planos

Olá a todos que, querendo ou não, acessam este humilde blog.

Não acredito em destino, pra mim a vida segue o caminho que nós mesmos construimos com nossas escolhas diárias. O sentido da vida é não ter sentido... mas depois discutiremos melhor isso, em outra oportunidade.
O que quero dizer é que com isso coloco-me no comando da minha própria vida, isso quer dizer que tudo que dá certo é meu mérito, assim como o que dá errado é minha culpa.
Quando ESCOLHI meus sonhos esperava realizá-los. Bom, alguns já realizei, outros serão realizados, muitos não realizarei, destes, alguns porque são "impossíveis" (namorar a Scarlett Johansson, por exemplo) e outros simplesmente porque não quero mais, não são mais meus sonhos.
(Falo de mim porque sou o único que consigo ler a mente - por enquanto)
Às vezes você acorda e pensa: "Vou continuar dormindo!", aí quando você acorda de novo, pensa "que diabos estou fazendo da minha vida?!" (encontro-me neste caso). Bem, o meu diagnóstico eu já tenho... Tenho sonhado o sonho errado.
Bom, então aí vai a mensagem (auto-ajuda, blehhh) de hoje: planeje mudar de sonhos, enxergar novos caminhos onde antes havia só mato. E corra atrás destes novos sonhos. Porque eu vou!!!

"Nada é permanente, exceto a mudança" Heráclito

That's all folks = Isso é tudo p-p-pessoal

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sobre os Morangos Pelados, ou melhor, o autor

Pessoal, vai aí um pensamento de uma das grandes damas da literatura basileira. Levem-no a sério:

"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Fados, vinhos e amores

Pessoal... Tudo bem com vocês?? Hoje vou postar uma coisa diferente do de costume, é uma pequena história que escrevi, espero que gostem (e comentem).

- Até amanhã – sussurrou em seu ouvido após um longo e apaixonado beijo sobre a soleira da porta de entrada, que nesse caso servia de saída.
Por mais difícil que fosse a despedida, por mais que o desejo de ficar exalasse por seus poros, ela seguiu em frente, vigiada pelos olhos do amado até dobrar a esquina, onde se tornou apenas um rastro de perfume.
Fechou a porta e seguiu em direção a poltrona de couro – ainda com cheiro do amor que minutos antes fizera. Sentou-se, encheu sua taça com o que sobrou da garrafa de vinho – lembranças de sua amada o faziam sorrir – colocou para tocar um bom fado portugês, e morreu de amor.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nietzsche


Vom lesen und schreiben

Von allem Geschriebenen liebe ich nur Das, was Einer mit seinem Blute schreibt. Schreibe mit Blut: und du wirst erfahren, dass Blut Geist ist.

Ler e escrever

De todo o escrito só me agrada aquilo que uma pessoa escreveu com o seu sangue. Escreve com sangue e aprenderás que o sangue é espírito.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conheça o Gregorius...

Vídeo do nosso amigo e colaborador mor Bassora...
1 - A melhor parte é o oh oh oh!
2 - O cara parece o Gerard Depardieu (do filme Bogus, e que, por coincidência, trabalhou no GrRRrr na idade da pedra)


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Expresse-se

Oi de novo...

Façamos dos Morangos Pelados um local democrático. Expresse suas opiniões, deixe um comentário após sua visita.

Até

Esse ser humano...

Olá... este post é dedicado especialmente a meus "leitores" não humanos.

Essa semana uma amiga me disse, acredito (espero) que com tom de brincadeira, que eu não sei viver com pessoas. Não foram estas as palavras exatas, mas é basicamente isso.
É claro que não concordo com ela, pelo menos não totalmente, mas temos (todos) que concordar que as "pessoas" são difíceis de entender.
Somos maus!!! Crueis! Estou dizendo isso por mim mesmo, que ainda sou humano. Gostaria de exemplificar com a cena de um filme francês de comédia chamado GrRRRr na idade da pedra (assistam), a cena é a seguinte:(antes uma informação: Um personagem era discriminado e ridicularizado por todos por ser loiro)
- Seu gordo - diziam as crianças a um pobre menino com uns quilos a mais, até que este senta-se em uma pedra e começa a chorar. Vendo isso, um outro personagem (o loiro) o consola:
- Sei como se sente, também já passei por isso!
Então o jovem gordinho vira ao outro e diz:
- Sai daqui seu loiro nojento!
Em primeiro lugar, não coloquei o nome dos personagens porque todos se chamavam Pedro! Em segundo, o diálogo não é exatamente assim, mas muito parecido.
A questão é essa... É isso que nós seres humanos fazemos, choramos quando estamos fedendo, mas quando são os outros, apontamos o dedo (e tampamos o nariz).
Bem, pra quem não conhece, esses somos nós, Muito prazer!
Ou será que estou enganado e só eu sou o malvado por aqui?! Comentem...

PS: Esta é apenas UMA das características dos humanos... esperem por mais.

THAT'S ALL FOLKS!!! ou em bom português... ISSO É TUDO P-P-PESSOAL!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Abaixo as calças!!! Se é que me entende.

ESTÁ QUENTE, MUUUITO QUENTE, tenho quase certeza que estou delirando já, e vendo coisas. Agora pouco passou por mim um coelho atrasado, e depois passou a Alice.
Em virtude de todo este calor, nós (leia-se: eu) dos MP (leia-se: Ministério público)iniciamos agora a campanha "Abaixo as calças!".
Quantos de nós, digo, de vocês, trabalham neste sol de rachar mamona e torrar café enfiados nestes quentes e bifurcados pedaços de pano - na maioria das vezes Jeans. Acham isso certo, camaradas? Não. É apenas mais um costume herdado dos grandes do Norte de clima temperado. Abaixo as calças!!!

Qual o problema de usar bermudas? É se vestir mal? Não estamos mais nos séculos passados em que ver o joelho de uma dama levaria à loucura - e ao confessionário - um distinto cavalheiro.

Pelos novos tempos, pelo tropicalismo brasileiro, pelos pêlos*, pelo nosso bem estar...

... Abaixo as calças. Abaixe as suas também.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Indo além dos rótulos

Olá a todos. Como tem passado?
Hoje, como o título diz, vamos além dos rótulos*, musicalmente falando (o que faço a maior parte do dia é ouvir música, então não se espantem com a quantidade de posts sobre isto).
É uma lição que devemos levar para toda a vida, em todos os aspectos. Rótulos nem sempre são bons, na maioria das vezes limitam as pessoas. Mas isto todos sabem.
Gostaria de falar de duas cantoras americanas internacionalmente conhecidas por suas músicas pop (ao extremo), estas são Lady Gaga e Katy Perry. Vocês provavelmente devem conhecer poker face, Bad romance, I kissed a girl, Hot 'n cold, as músicas mais famosas destas duas cantoras.
Pois bem, quem as ouve cantando estas músicas não percebe o verdadeiro talento destas mulheres, como cantoras, instrumentistas e compositoras, o que é natural, pois o que estas músicas vendem é a batida eletrizante que faz todos dançarem.
Mas ouçam com atenção as seguintes músicas, procurem a letra e a tradução, e pensem melhor a respeito de seus talentos.



Esta é Speechless de Lady Gaga.



Já esta é Brick by Brick, composta por Katy Perry.

Por hoje é só pessoal... Espero que gostem da sugestão.

* Sugiro a leitura do poema Rotulista, de minha autoria.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Criatividade... é um dom!

Olá pessoal... Estava revirando umas coisas aqui, umas músicas, o youtube... Acabei encontrando este vídeo, um pouco antigo (do tempo que todos eram mais magros e o Renato tinha cabelo grande), mas vale a pena ver.
Esse é apenas um dos grandes momentos que passei com amigos, e uma pequena amostra do que acontece nestes encontros, uma coisa vocês podem ter certeza... Dou muita risada.

Neste vídeo, temos Renato no violão e Bassora no vocal improvisando um Blues. Veja você mesmo!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eu voltei!!

Olá queridos supostos leitores...
Andei um pouco distante das linhas virtuais dos morangos pelados, mas agora estou de volta, e em breve teremos grandes novidades... Aguardem.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Descanse em paz II

Faleceu também a médica brasileira, fundadora da pastoral da criança Zilda Arns.
Os "Morangos Pelados" fazem aqui sua homenagem.

* Parece que Deus está recrutando as boas pessoas... será que o fim está próximo?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Descanse em paz!!!



Segunda Guerra Mundial: um dos episódios mais tristes e vergonhosos da história da "civilização" humana.
Todos conhecem a história desta guerra, incluindo o holocausto. Desta época surgiram inúmeros livros e filmes, mas talvez o mais famoso seja o "Diário de Anne Frank", o qual indico a vocês meus leitores.
Por que estou falando isso? Para prestar uma homenagem a uma figura importantíssima nesta história. Miep Gies. Não conheço muito sobre sua vida, mas apenas o que ela fez pela família Frank já é o suficiente para garantir um bom lugar agora.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

People's choice awards

Ontem, dia 6, aconteceu nos Estados Unidos o People’s choice awards, uma premiação da música, cinema e TV que conta com o voto popular, ou people’s choice. Infelizmente não pude assistir, por razões óbvias... Até onde sei, por aqui só vai passar em fevereiro.
Bom, mas hoje pela manhã, fui conferir o resultado.

Os Artistas favoritos foram Keith Urban (marido da Nicole Kidman) e Taylor Swift, que já tinham ganhado no American music awards; Na categoria Artista revelação (onde a Susan Boyle era indicada) fiquei dividido, porque acho a Demi Lovato uma graça, apesar da música pra adolescentes, mas quem ganhou foi a Lady Gaga, que também levou na categoria Artista Pop. O grupo jovem Paramore ganhou do veterano Green day como banda de Rock. Ficaram para trás Beyonce, Britney Spears, Katy Perry, Black eyed peas...

Apesar do filme favorito ter sido Crepúsculo, fiquei feliz que Robert Pattinson não foi o ator favorito, no lugar dele ficou Johnny Depp, de quem não gosto muito, mas ainda vai lá. Como atriz vencedora tivemos Sandra Bullock (Miss Simpatia); Hugh Jackman, o Wolverine, também foi premiado, assim como Jim Carrey, que concorria com Adam Sandler e Ben Stiller e Taylor Lautner (Taylor é nome de homem ou de mulher?), da saga Crepúsculo, como ator revelação. Agora, o que eu ri muito foi a Miley Cyrus como atriz revelação (hehe).

Na TV, tivemos House que desbancou CSI, Lost e Grey’s anatomy; Katherine Heigl, de Grey’s anatomy, levou merecidamente o prêmio de melhor atriz de drama; e Steve Carell de comédia; American Idol, Glee e The Vampire diaries... tudo porcaria, mas venceram. Mas sem dúvida, o que me deixou mais contente foi The Big Bang Theory ter ganhado como série de comédia... Muito bom!!!

Essas são algumas das categorias, as que eu conhecia os indicados e vencedores ou que achei que valiam a pena ser comentados... Comentários sobre as apresentações? Bom, só em fevereiro.

Veja o resultado completo aqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Você deveria ouvir...

Olá amigos, mais uma vez estou aqui dando uma dica de algo, que na minha opinião, é bom para ser ouvido.
Minha dica de hoje é uma música que conheci recentemente. Uma noite no msn, televisão ligada na MTV, com acústico Katy Perry (Pois é) passando e eu conheceria essa música.
Chama-se Hackensack, que para quem não sabe, como eu não sabia, é uma cidade no estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos. A banda que a toca é Fountais of Wayne, que também não conhecia antes.
A música vale a pena ser ouvida, o que venho fazendo com freqüência, seja a original, seja com a Katy Perry – a gosto do freguês!


Fountains Of Wayne - Hackensack .mp3
Found at bee mp3 search engine

sábado, 2 de janeiro de 2010

Uma definição

FYI:
BTW = By The Way = A propósito

Feliz ano novo???


ATENÇÃO: Esra idéia não é original!!! hehe

Inaugurando o ano de 2010, vamos discutir a importância de comemorar o ano novo!!!
Em todo o mundo, no dia 31 de dezembro, as pessoas se reunem e comemoram o fim de um ano, e a meia noite, o início de outro com muitos fogos de artifício e espumante, mas pra quê?

Imaginem um círculo... onde é o começo? Onde é o fim? Exatamente! (Se você entendeu a analogia). Os anos que passam são como um círculo, não quero dizer que não tenham um começo, mas sim que podem começar em qualquer lugar. E se eu quiser comemorar o fim do ano no dia 13 de maio, e o começo do outro no dia 14??

É claro, que isto é um extremo, já pensou se cada pessoa comemorasse o ano novo em uma data diferente... "Bom, eu estou em 2010, mas a Maristela está em 2009 ainda". Doidera! A convenção do dia 31 de dezembro, é muito útil.
O problema é o mesmo que acontece com aniversários. As pessoas precisam de um dia epecífico para comemorações, quando estas deveriam ser todo e qualquer dia.

Todos fazem promessas para o ano que começa, as resolutions americanas, agora, se eu prometi que neste ano quero aprender piano, e vi que não consegui de jeito nenhum, só vou poder começar violão depois de 1° de janeiro do outro ano?? Exagerei, mas pense...

A proposta (que na verdade não é minha, li no twitter) caros amigos, é que comemoremos o fim de todo mês, e o início do próximo. Aí sim, a coisa fica justa... BTW, todos estão convidados pra minha festa de fevereiro novo!

That's all folks!!! ou Isso é tudo p-p-p-pessoal!!!