quarta-feira, 21 de julho de 2010

A espectadora

Olá a todos. Para minhas geniais (gargalhadas!) postagens resolvi tentar uma coisa diferente, mas não muito original, confesso. Irei escrever a partir de imagens (fotos, desenhos, pinturas, esculturas...) famosas ou não. Reconheço que isto é uma tática para escrever quando não tiver minha própria idéia, MAS, pode ser bacana. Aí vai a primeira (com direito a epígrafe e tudo!).

A espectadora

"Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo. pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu"
Chico Buarque

Os primeiros raios de sol da manhã entrando pela janela, algo que sempre agradou a jovem Carolina. Ao contrário de todas as suas amigas, nunca gostou muito da noite, preferia a manhã com seu volume baixo, tudo começando.

Naquela manhã ao abrir suas cortinas amarelas – como de costume – sentiu uma brisa entrar por uma pequena fresta da janela que permanecera aberta desde a noite anterior – o que não era de costume. Ao respirar aquele ar gelado que entrava quarto adentro percebeu que era mais que simples vento, era um cheiro. Um aroma que subia da rua, que saía de cada criança que ia para a escola, de cada pessoa que passava para trabalhar. Carolina conhecia aquele cheiro, cujo nome foi logo revelado por sua memória olfativa.

- Vida! – disse a si mesma como uma pessoa que lembra o sabor de um doce que costumava comer na infância – Eu já tive uma.

Ali, ainda de pijama, protegida apenas por seu Hobby, sentiu uma onda de saudade tomar seu corpo subindo como um arrepio. Sentiu-se estranha, afinal aquele sentimento repentino não tinha explicação (ela ainda estava viva!), mas ao mesmo tempo, não podia deixar de concordar que era bom.

Mesmo confusa, sem entender direito tudo aquilo, Carolina sabia o que queria fazer naquele exato momento. Aproximou-se com uma cadeira da janela, sentou-se e passou a manhã toda a observar, sentindo lá de cima o cheiro que a vida acontecendo alguns metros abaixo dela exalava.


Trata-se de uma tela (que não sei o nome) do pintor americano Edward Hopper

Por hoje é só pessoal!

2 comentários:

  1. Ah Max, tinha quadros mais legais pra vc falar!

    queria ver vc falar daqueles que tinha me mostrado antes auahuah xD

    Té mais!

    ResponderExcluir
  2. Bem legal o texto, pelos dois textos, dos dois blog's, vejo que vc gosta da manha e de amarelo rs
    Muito bom
    Ate Max ^^

    ResponderExcluir